segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A República por telégrafo

Lisboa, 5 de Outubro de 1910
A notícia da proclamação da República foi rápidamente transmitida a todo o País. Não houve resistência. As populações aderiram entusiásticamente ao movimento de Lisboa, com toda a normalidade. Constituíram-se comissões municipais electivas republicanas locais e iniciou-se a substituição de símbolos do anterior regime. No Barreiro, a Avenida D. Luís Filipe passa a denominar-se Avenida da República e a Rua Conselheiro Serra e Moura passa a ser Rua Almirante Cândido dos Reis.
No Porto, a aclamação foi triunfal. O vereador mais antigo, Dr. Nunes da Ponte, leu na varanda central dos Paços do Concelho o texto da proclamação e declarou «perpetuamente abolida a dinastia de Bragança».
Segundo noticia o Primeiro de Janeiro, «milhares e milhares de pessoas de todas as classes invadiram as salas da Câmara e foram cumprimentar os vereadores, levando em triunfo alguns sargentos e soldados que se encontravam no meio da multidão.
Foi uma manifestação grandiosa, imponentíssima».

In Diário da História de Portugal, José Hermano Saraiva e Maria Luisa Guerra

 
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