segunda-feira, 19 de outubro de 2009

2NB - A lenda da Coca

1. Leia o texto com atenção.
Nas margens do rio Minho onde as veigas verdejantes da Galiza se alcançam em duas braçadas, as gentes minhotas do concelho de Monção mantêm um velho costume que consiste em celebrar todos os anos, por ocasião dos festejos do Corpo de Deus, o lendário combate travado entre S. Jorge e o Dragão. A luta tem lugar na Praça de Deu-La-Deu cujo nome consagrado na toponímia local evoca a heroína que com astúcia conseguiu que as forças leonesas levantassem o cerco que impunham àquela praça. Perante uma enorme assistência, a coca - nome pelo qual é aqui designado o dragão! - procura, pesadamente e com grande estardalhaço, escapar à perseguição que lhe é movida por S. Jorge que, envolto numa longa capa vermelha e empunhando alternadamente a lança e a espada, acaba invariavelmente por vencer otemível dragão.
O dragão é representado por um boneco que se move com a ajuda de rodízios, conduzido a partir do exterior por dois homens e transportando no seu bojo outros dois que lhe comandam os movimentos da cabeça. Depois de o guerreiro lhe arrancar os brincos que lhe retiram a força e o poder, a besta é vencida quando S. Jorge o conseguir ferir mortalmente introduzindo-lhe a lança ou a espada na garganta, altura em que de uma bolsa alojada do seu interior escorre uma tinta vermelha que simula o sangue da coca.
Esta tradição, que representa a supremacia do Bem sobre o Mal, encontra-se intimamente ligada às lutas travadas pela soberania nacional, sendo notória a utilização dos símbolos portugueses por parte de S. Jorge. Com efeito, este culto foi introduzido no nosso país pelos cruzados que vieram combater nas hostes de D. Afonso Henriques nomeadamente a quando da tomada de Lisboa aos mouros. A sua invocação em forma de grito de guerra começou, contudo, durante o reinado de D. Afonso IV e teve como objectivo demarcar-se da invocação de S. Tiago que era feita pelos exércitos leoneses. Mas foi, sobretudo, a partir do reinado de D. João I que este culto veio a adquirir verdadeira dimensão nacional, passando a partir de então a sua imagem a integrar a procissão do Corpo de Deus. Ainda hoje, a sua simbologia é empregue nos meios castrenses, principalmente para representar o exército português.
O culto a S. Jorge que ainda se pratica em Portugal e cuja festa da coca que se realiza em Monção constitui um exemplo do seu cunho popular, possui as suas origens em antigas tradições da Síria segundo as quais, S. Jorge foi um valente soldado da Palestina que, por ter confessado a sua fé cristã, veio a ser feito mártir.
Fonte: www.raizesportugal.com.br (adaptado)

2. Defina os seguintes termos e faça uma frase para exemplificar o seu significado.
- Bojo.
- Braçada.
- Castrense.
- Encalçar.
- Estardalhaço.
- Rodízio.
- Travar.
3. Responda às perguntas conforme o texto.
- Qual é a origem do nome “Deu-La-Deu”? Qual será o seu significado?
- Alguma vez a coca vence o seu oponente? Justifique.
- Onde leva a besta os amuletos que são origem da sua magna força?
- Muitas lendas foram aproveitadas para outros fins além do de educar e promover valores. Que proveito se tirou desta?
- Afinal, esta é uma lenda galega, portuguesa ou síria?
4. Sabemos que o masculino de cristã é cristão. Reconheça agora a forma feminina de:
- Aldeão.
- Cidadão.
- Ermitão.
- Hortelão.
- Leitão.
- Patrão.
5. Redija um texto explicando brevemente alguma tradição religiosa própria do seu lugar.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

1ºNI - A maldição Guttman

1. Leia o texto com atenção.
A Alemanha invadiu a Hungria durante a Segunda Guerra Mundial e nunca ninguém soube o que se passou com o húngaro/judeu Bela Guttmann nesse período. Uns dizem que se refugiou num hospital em Zurique, outros que se escondeu em Paris. Se assim fosse, poderia muito bem ser uma personagem da série cómica inglesa "Allô, Allô", que se passava naqueles conturbados tempos, a dizer: "Ouçam com muita atenção, só vou dizer isto uma vez."
Mas não. Bela Guttmann não é Michelle Dubois (que dizia a frase), nem pertenceu à Resistência francesa. Foi, isso sim, internacional húngaro nos anos 20 (um golo em quatro internacionalizações) e treinador visionário entre 1932 (Hakoah Viena) e 1974 (FC Porto). E foi há 47 anos que soltou a famosa frase, transformada em maldição.
"Nem daqui a cem anos uma equipa portuguesa será bicampeã europeia e o Benfica sem mim jamais ganhará uma Taça dos Campeões", disse depois de ajudar o Benfica a conquistar a segunda Taça dos Campeões seguida.
Era uma vez... O FC Porto foi a sua porta de entrada em Portugal. Conquistado o campeonato nacional em 1959, assinou pelo Benfica, com exigências impensáveis: 400 contos líquidos por ano, 150 pelo título nacional, 50 pela Taça de Portugal e 200 pela Taça dos Campeões. "200 não!" Um dirigente bem-disposto e nada crente encorajou-o a subir a parada para 300 e foi o que se viu. Bicampeão europeu - 1961 (3-2 ao Barcelona) e 1962 (5-3 ao Real Madrid) - e, sozinho, Guttmann recebeu mais que toda a equipa junta.
Bela foi então recebido por Américo Tomás (Presidente da República) e Oliveira Salazar (presidente do Conselho de Ministros) e feito comendador, tal como os jogadores. Foi há 47 anos. À saída de São Bento, virou--se para Fezas Vital, o presidente do Benfica, e segredou-lhe que se iria demitir: "Não posso treinar 14 comendattori." Era bluff? Não.
Guttmann saiu mesmo e até deixou a frase maldita no ar. "Nem daqui a cem anos uma equipa portuguesa será bicampeã europeia e o Benfica sem mim jamais ganhará uma Taça dos Campeões" (o FC Porto ganhou duas vezes, em 1987 e 2004, mas bicampeão significa duas vezes seguidas). Sem ele, de facto, o Benfica nunca mais ganhou, apesar de ter estado em mais cinco finais. A última (1990), em Viena, bem perto do cemitério judeu onde Guttmann está sepultado. Na véspera da final com o Milan (1-0, por Rijkaard), Eusébio foi ao túmulo rezar pelo técnico e pedir aos deuses que desfizessem a maldição. Em vão.
Automóveis José Augusto, o elegante extremo-direito desse Benfica bicampeão europeu, gostava do "visionário" Guttmann.
"No seu primeiro treino na Luz, em 1959, só havia três jogadores com carro: o Costa Pereira [guarda-redes], que morava em Alverca, o Artur Santos [defesa-central], que geria um talho na Amadora, e o José Águas [capitão e avançado], que trabalhava num concessionário. Quando regressou à Luz, na segunda passagem, em 1965, já havia 30 automóveis. Ele virou-se para o Caiado [adjunto] e disse-lhe assim: nunca mais seremos campeões europeus? Até agora ninguém o contrariou! Era um visionário. Morava no Chiado e ia de eléctrico para os treinos. Da Luz para casa, ia no meu carro. Era uma óptima companhia."
Allô, allô? Só vou dizer isto uma vez: daqui a 53 anos, voltamos a falar da maldição.
2. Defina os seguintes termos e faça uma frase para exemplificar o seu significado.
- Amadora.
- Avançado.
- Conto.
- Crente.
- Guarda-redes.
- Parada.
- Talho.
3. Responda às seguintes perguntas conforme o texto.
- Poderíamos fazer uma biografia exaustiva da vida de Bella Guttman? Justifique.
- Foi Bela Guttman um jogador decisivo enquanto integrante da seleção húngara?
- Na última final que o SLB disputou um dos seus mais ilustres jogadores apelou à ajuda de...
- Até agora, fez sentido a “maldição Guttman”? Justifique.
4. Assinale a forma masculina/feminina singular/plural de:
- Alemão.
- Bicampeã.
- Guarda-redes.
- Judeu.
- Patrão.
5. Redija um breve texto a modo de comentário desportivo (semelhante aos que ouvimos na rádio) onde descreva uma jogada que acaba em golo. Seja imaginativo, utilize palavras da gíria futebolística e que ganhe o melhor.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sericaia

Ingredientes
♦ Gemas: 6 unidades
♦ Claras: 6unidades
♦ Açúcar: 250 g
♦ Farinha: 150 g
♦ Leite: 0,5 lt
♦ Pau de canela: 1 unidade
♦ Casca de limão: 1unidade
♦ Canela em pó
Confecção
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo. Misturar a farinha e juntar o leite pouco a pouco delicadamente. Juntar o pau de canela e a casca do limão. Misturar bem e levar esta mistura a fogo brando até cozer. Quando obter ponto de estrada retirar do lume e deixar arrefecer um pouco. Retirar o pau de canela e o limão. Bater as claras em castelo e adicionar ao creme quando este ainda estiver um pouco morno. Deitar num prato de ir ao forno ás colheradas e polvilhar com canela em pó até o topo ficar todo castanho. Cozer a 200ºC até dobrar o volume e abrir fendas, sensivelmente 15minutos.
Dicas
- Ponto de estrada: ao passar com a colher no fundo do tacho, deverá fazer uma linha homogénea de modo a ver o fundo do tacho. Começará a engrossar.
- É um doce muito tipico da região alentejana, nomeadamente do concelho de Elvas, pelo qual, tradicionalmente é acompanhado pelas famosas ameixas de Elvas.

Para resolver qualquer dúvida, pergunta ou sugestão poderão enviar um e-mail para lucaarguelles@gmail.com

Bom apetite e até á próxima!
Luís Arguelles
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália - 10 anos de saudade

Há dez anos que "a grande senhora do fado", "a mulher do povo", "a voz de Portugal" nos deixou . Há dez anos que faleceu Amália Rodrigues.
Podiamos publicar aqui alguma das mil e uma notícias sobre as conferências, exposições, lançamento de cd's, peças de teatro e homenagens várias que vieram a léu com o propósito de lembrar X aniversário da morte da cantora.
Mas não.
Pois há lá coisa mais bonita que ser simples sem saber?
Sejamos, então, simples e demos de beber à dor com este poema de José Galhardo musicado por Frederico Valério.

(DONA) Amália

Amália
Quis Deus que fosse o meu nome
Amália
Acho-lhe um jeito engraçado
Bem nosso e popular
Quando oiço alguém gritar
Amália
Canta-me o fado

Amália esta palavra ensinou-me
Amália
Tu tens na vida que amar
São ordens do Senhor
Amália sem amor
Não liga, tens de gostar
E como até morrer
Amar é padecer
Amália chora a cantar!

Amália
Disse-me alguém com ternura
Amália
Da mais bonita maneira
E eu toda coração
Julguei ouvir então
Amália p´la vez primeira

Amália
Andas agora à procura
Amália
Daquele amor mas sem fé
Alguém já mo tirou
Alguém o encontrou
Na rua com a outra ao pé
E a quem lhe fala em mim
Já só responde assim
Amália? Não sei quem é!
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Proclamação da República


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O rei parte para o exílio

Ericeira, 5 de Outubro de 1910
A família real embarcou hoje no iate Amélia com destino a Gibraltal. Houve primeiro o projecto de se dirigir ao Porto, mas o rumo dos acontecimentos, com a revolução plenamente triunfante, alterou esse propósito.
O Governo Britânico disponobilizou o iate real Victoria and Albert para conduzir o rei, a rainha D. Amélia e o infante D. Afonso para Inglaterra.
A rainha D. Maria Pia será conduzida, de Gibraltar para Itália, a bordo de um navio italiano.

In Diário da História de Portugal, José Hermano Sariva e Maria Luisa Guerra
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A República por telégrafo

Lisboa, 5 de Outubro de 1910
A notícia da proclamação da República foi rápidamente transmitida a todo o País. Não houve resistência. As populações aderiram entusiásticamente ao movimento de Lisboa, com toda a normalidade. Constituíram-se comissões municipais electivas republicanas locais e iniciou-se a substituição de símbolos do anterior regime. No Barreiro, a Avenida D. Luís Filipe passa a denominar-se Avenida da República e a Rua Conselheiro Serra e Moura passa a ser Rua Almirante Cândido dos Reis.
No Porto, a aclamação foi triunfal. O vereador mais antigo, Dr. Nunes da Ponte, leu na varanda central dos Paços do Concelho o texto da proclamação e declarou «perpetuamente abolida a dinastia de Bragança».
Segundo noticia o Primeiro de Janeiro, «milhares e milhares de pessoas de todas as classes invadiram as salas da Câmara e foram cumprimentar os vereadores, levando em triunfo alguns sargentos e soldados que se encontravam no meio da multidão.
Foi uma manifestação grandiosa, imponentíssima».

In Diário da História de Portugal, José Hermano Saraiva e Maria Luisa Guerra
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Chefe Arguelles no FAP

Uma das secções que mais adesão teve no passado ano foi a gastronómica. Com uma regularidade semanal o quinzenal, conforme a disponibilidade, foram publicadas receitas culinárias que fizeram as delícias dos internautas. Esta temporada, como não podia deixar de ser, o FALAR À PORTUGUESA (FAP) retoma essa iniciativa de dar a conhecer a gastronomia portuguesa. Mas agora com uma novidade. Este ano contamos com a ajuda de um dos melhores cozinheiros lusos que, de seguida, passamos a apresentar. Por isso, não percam a oportunidade de experimentar em casa as receitas que irão ser publicadas neste espaço, pois terão também a possibilidade de expor as vossas dúvidas, comentários e sugestões ao nosso chef Luís Arguelles.

Luís Arguelles
De seu nome completo Luís Carlos Leitão Arguelles nasceu na sempre bonita e bem típica vila alentejana de Arronches a 2 de Julho de 1982. Desde cedo revelou interesse pela culinária e, uma vez concluído ensino secundário em 1997, inscreveu-se no curso de Hotelaria e Restauração da Escola Profissional da Região Alentejo de Évora onde sobressaiu como um jovem telentoso e promissor na área da pastelaria.
Em 2003 é contratado como Subchefe de Partida pelo Clube Internacional de Férias de Tróia donde rumará um ano depois para terras algarvias, desenvolvendo, por isso, a tarefa de Subchefe de Partida no São Rafael Suite Hotel de Albufeira desde 2004 a 2007. Nesse mesmo ano de 2007 foi transferido para o Hotel Ritz-Carlton de Sintra. Alí obteve uma formação mais apurada mas, sobretudo, teve a oportunidade de contactar com algumas das mais notáveis figuras da pastelaria mundial o que o levou, um ano depois, até à Itália covertido já em Chefe de Partida do Forte Village Resort de Sardegna.
No mes de Outubro de 2008 entrou a formar parte, na qualidade de Chefe de Pastelaria, da equipa do Alpenhotel Valluga em Zurs am Arlberg (Áustria). Três meses depois, em Janeiro de 2009, encontramo-lo freqüentando o curso Total Quality Management ministrado pela Universidade Cornell em Ithaca (Nova Iorque) e, no mês de Julho, o Pastry Summer Campus na École Nationale Superieure de la Patisserie em Yssingeaux (França).
Na actualidade é professor de Pastelaria na Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada nos Açores.

Para mais informações clique AQUI.
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